terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"Eu quero a sorte de um amor tranquilo"

Nada mais apropriado para mim nesse momento que esta frase do grande Cazuza.

Todos sabem de tudo o que já passei.

E nesse momento o que mais desejo é exatamente isso: "a sorte de um amor tranquilo".

Não quero mais viver de paixões enlouquecidas e sem sentido.

Relações que acabam dando em nada. Ou pior: em coisas extremamente ruins.

No ano de 2011 eu vivi o pior ano da minha vida. Fui direto ao inferno e voltei.

Tenho procurado e estado atento a todas as pessoas com quem tenho contato: amigos, família, MSN, Facebook, boates, bares, tudo.

O pouco que me conheço sei que não consigo viver sozinho muito tempo. Eu gosto de estar "amando" e me sentindo ser amado.

Eu gosto de dormir e acordar junto. De fazer amor sem ter hora para acabar. De depois do amor ficar abraçadinho e dormir de conchinha. Eu gosto disso.

E é isso o que busco hoje.

Por incrível que pareça fui a uma reunião no final de 2011 aonde me pediram para colocar 3 objetivos para 2012. E um deles foi exatamente esse: encontrar alguém realmente legal neste ano.

Acho que Deus me abençoou mais uma vez. Encontrei uma pessoa muito tranquila, bonita e honesta. A vida mais uma vez sorri para mim.

Agora tenho que fazer as coisas certas. Não ter mais pressa. Ter paciência e tranquilidade.

Tenho que ter tranquilidade e analisar com calma todos os aspectos de um novo relacionamento.

Pelos meus posicionamentos já sabem que eu me atiro de "cabeça" em todos relacionamentos que tive.

Se algo de positivo que aconteceu comigo após este último relacionamento conturbado foi que tenho que ter muita calma e analisar tudo.

Isso vai de encontro ao meu íntimo que sempre quer "saltar do avião sem para-quedas". Ou seja, se entregar sem reservas. Eu sou assim. E não consigo ser diferente.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Viagem ao Paraná

Após receber o "maior perdido de todos os tempos" o que fazer?

Ficar em casa chorando? NÃO.... mil vezes Não...

Comecei a olhar a internet. E um certo dia vi uma menina on-line e decidi conversar com ela. A menina "não-sei-lá-porque" me deu conversa. Ela era do Ceará... e em uma dessas conversas me disse que iria passar o passagem do ano no Paraná. Não sei porque cargas d´água comecei a conversar com essa menina. Assim "do nada". Ela estava adicionada no meu MSN e nem sei quando foi adicionada. Começamos a conversar e em dado momento ela me falou que iria passar a passagem de ano no Paraná. Não sei porque também em um dado momento da conversa ela falou que era para eu ir para o Paraná romper o ano com ela. Ela ofereceu e eu concordei. Me disse que iria para Matinhos no Paraná. Eu disse que iria para lá passar o final de ano com ela. A "brincadeira" tomou forma. No outro dia comecei a elaborar planos para passar a virada no Paraná. No sábado de natal fui para a casa da minha mãe. Lá confidenciei a ela que iria virar o ano no Paraná. Coincidência do "caramba" minha mãe falou que tinha uma grande amiga lá. Minha mãe embarcou na minha idéia e disse que iria para Matinhos-PR. Concordei na hora. Olha que maravilha: passaria o final de ano na casa da amiga de minha mãe. Os dias seguintes seguiram com o planejamento e execução da viagem. Consegui apenas 1 passagem para o dia 30. Minha mãe meio que constrangida falou que poderia marcar a passagem dela para outro dia. Na companhia me falaram que poderia tentar conseguir uma passagem 3 horas antes do embarque. Então no dia da viagem fui ao guichê para tentar marcar uma outra passagem para que minha mãe pudesse me acompanhar. Cheguei ao guichê e nada.... Não havia passagem para a hora marcada. Tentei uma outra companhia. Maravilha! Tinha uma passagem de última hora. Viajaríamos juntos, mas separados. Mesmo horário, mas em companhias diferentes. Beleza... pelo menos estaria junto de minha mãe. Comprei a passagem e fui buscá-la. Embarquei primeiro. Minha mãe anotou o número do meu ônibus. Passamos por vários lugares. Em um desses fui chamado pelo motorista. Pensei na hora: puxa... só pode ser minha mãe. E tinha razão. Finalmente os horários de parada haviam coincidido e minha mãe havia me encontrado. Dei um forte abraço nela. No ônibus, ao meu lado. Viajava um senhor que havia entrada na rodoviária de Anápolis, seu nome? Fernando. Fernando era um senhor muito gente fina. Fomos conversando a viagem inteira sobre relacionamentos. Por incrível que pareça Fernando havia passado o mesmo problema que eu: uma incrível desilusão amorosa. Uma namorada dele agora estava nos EUA. Ele me pareceu - mesmo após tantos anos - apaixonado. Incrível como certas pessoas não tem a minima consideração por outras. O que penso sobre isso é a falta de "timing". Ou seja, a pessoa que está contigo não está no mesmo "momento" que você. Não está "a fim" das mesmas coisas que você. O problema de hoje é o que já abordei aqui: as pessoas não assumem o que realmente querem. E se enganam. Pior.... Enganam outras pessoas com suas visões distorcidas da realidade. Ela "acham" que amam. Se enganam e o pior: nos enganam. Após o encontro com minha mãe na rodoviária de Lins-SP, toda a parada coincidia.... Só que nosso ônibus estava mais adiantado. Passamos a fronteira de São Paulo com Paraná. E, de repente, o ônibus começou a "ratear". Nosso ônibus começou a apresentar um superaquecimento, causado por um furo no radiador. O ônibus parou. Por incrível que pareça o ônibus de minha mãe que vinha logo atrás parou. Como não havia condições para o nosso ônibus seguir o motorista do ônibus de minha mãe decidiu nos prestar socorro. Fiquei "ligado" nessa hora e fui imediatamente ao ônibus de minha mãe saber como seria esse socorro. O motorista falou que embarcariam mulheres e crianças e que as outras pessoas esperariam o socorro da companhia. Então pensei que talvez pudesse sobrar algum lugar. Como não tinha levado uma bagagem maior era só pegar a mochila e passar para o outro ônibus. Acabou que todos nós conseguimos ir no ônibus de minha mãe. O motorista, mais do que solicito, se propôs a levar todos nós até a cidade de Curitiba. Embarcamos e o ônibus ficou totalmente lotado. Tiveram pessoas que ficaram de pé. Era melhor ir embora dali do que ficar parado esperando socorro, que demoraria no mínimo umas 3 horas. O ônibus seguia agora em marcha reduzida devido ao excesso de peso. Estavam todos muito gratos de não ficar lá abandonados na fronteira do Paraná. Tivemos que "deitar" no chão do ônibus toda a vez que passávamos por um posto da polícia rodoviária, pois não poderíamos demonstrar que o ônibus estava superlotado. E assim foi a nossa viagem até Curitiba: ônibus hiper-super-lento, lotado. Sem problemas. Chegamos à Curitiba com muito atraso. Conseguimos passagem para Matinhos somente para as 21:45 da noite. Após comprar os bilhetes para volta a Brasília, aguardamos o embarque para Matinhos. O ônibus demorou um pouco a sair, mas seguiu com boa velocidade para Matinhos apesar da chuva que não dava trégua. Nesse meio tempo já havia entrado em contato com a menina que havia marcado só que sem sucesso. Meio que sem graça desejei a ela um "feliz ano novo" na caixa de mensagem. Naquele momento já havia realizado que passaria a passagem de ano apenas com minha mãe. Chegamos em Matinhos às 23:45. A amiga de minha mãe foi nos pegar alguns minutos depois da passagem de ano. Confraternizamos com as pessoas de uma casa em frente ao lugar que havíamos parado. Povo hospitaleiro esse do Paraná... Estávamos cansados. Mas eu não queria deixar o ano novo "em branco". Deixei as bagagens na casa da amiga de minha mãe e fui para a rua. Como tinha um grande fluxo de pessoas indo para uma direção decidi segui-los. Acabei dando no "nada". Na realidade essas pessoas estavam voltando da praia. E não indo. Como era a minha intenção. Voltei. Na volta fui em direção a uma luz naquele estilo holofote do "batman". Chegando lá encontrei uma boate de nome Imporium. Não quis nem saber do que se tratava. Era o local perfeito para passar o resto da virada do ano. Lá fiquei até as 4 da noite. Uma chuva fina e irritante me acompanhou de volta para a casa da amiga de minha mãe. No dia seguinte mais chuva. Pensei... "só chove nessa terra". À tarde a menina que havia ido encontrar me procurou. e nos encontramos. Ela me parecia bem nervosa pelo encontro. Conversamos bastante e nos demos bem. A noite não terminou do jeito que havia imaginado mas foi bem legal. A companhia era agradável e a conversa e os "amassos" melhor ainda. No outro dia a procurei mas nada. Não retornou minhas ligações e também não liguei mais. Tudo bem. Valeu. No dia seguinte fui para a praia de manhã. O sol havia firmado. Não chovia mais no Paraná. E eu que pensava que só chovia nesta terra. Na praia sempre há a oportunidade de se encontrar alguém e nesses dias a minha rotina era essa. Conheci muita gente interessante. Pessoas de Curitiba mesmo. Que dizem ser "hiper-frescas". Frescas nada. Você é que não sabe como chegar. hehehehe. Precisamos ir ao centro de Matinhos para sacar dinheiro. Fizemos um caminho meio que dentro do mato e acabamos chegando ao centro da cidade. Quando chegamos lá verificamos que seria bem mais fácil ter seguido a estadual que dá exatamente aonde? No centro da cidade... Compramos a passagem de volta para Curitiba. A passagem de volta para Brasília já estava comprada desde o dia em que cheguei em Curitiba. Conhecemos várias praias bonitas em Matinhos. Uma das melhores fica em Caiobá. Lá realmente é o "centro" do agito. Muita gente bonita. Repensei minha vida nestes dias e decidi que se a vida havia me obrigado a ser malicioso, malicioso eu seria. E no melhor estilo. De agora em diante não iria mais ligar para nada e se alguém realmente quisesse algo sério e me desse valor eu retribuiria. Senão seguiria a vida, pegando e azarando quem aparecesse pela minha frente. À tarde minha rotina prosseguiu: praia após o sol baixar um pouco. Ficava na praia à procura de alguém com quem pudesse conversar. Comprei umas cervejas na padaria que fica logo de frente e andava pela praia. Vi uma menina sozinha. Sentei um pouco próximo à ela. Após um tempo pedi a ela que tomasse conta das minhas coisas para que eu pudesse dar um mergulho. Aproveitei e me apresentei. Ela me pareceu fechada mas mesmo assim não me cortou. Quando estava nadando achei um saco cheio de peixe. Na hora lembrei da minha mãe. Ela é uma excelente cozinheira. Decidi resgatar os peixes e levar para minha mãe para ver se tinham condições de consumo. Algum pescador deve ter vacilado e a onda levou os peixes dele. Perdeu Playboy... Na volta começamos a conversar sobre a vida. Mais tarde apareceram uns amigos dela, me despedi e dei o meu número para ela. Chegando em na casa da amiga da minha mãe ela fritou os peixes e estavam deliciosos. Nos dias seguintes a minha rotina continuava a mesma: praia pela manhã, cochilo na parte da tarde e mais praia no final do dia. Em um dia desses em uma quinta-feira decidi ir para Caiobá, pois é lá aonde acontecem os agitos. Fui andando e constatei que a praia de Caiobá é enorme. Quase do tamanho da praia do Futuro em Fortaleza. De novo, avistei umas luzes no estilo holofote no fim da praia e decidi ir até lá. No meio do caminho decidi perguntar para um vendedor de milho aonde eram os agitos da cidade. Ele me respondeu que os agitos mesmo começavam na sexta-feira. Para não deixar o cara sem graça comprei um milho, caríssimo, 3 contos em um milho? Fala sério... Chegando ao final da praia encontrei a origem das luzes: bar Bangalow. Música ao vivo, gente animada, e tudo caro, muito caro. Fiquei só nos chopps mesmo. A banda começou a tocar por volta de meia-noite e eram muito animados. Convidavam os clientes a se levantarem e participarem da festa. O estilo deles era reggae, pop rock nacional e internacional além de MPB. Fiquei lá até as 3 da manhã, no caminho de volta pude constatar o quanto a vida no Paraná é tranquila. Várias pessoas ainda na praia e na orla, mas sem nenhuma confusão. No dia seguinte a menina que havia, de certa forma, motivado minha ida para Matinhos deu notícia. Ela estava em Curitiba. Perguntei se ela queria que fosse vê-la. Ela disse que "iria ver". hehehe. Bem não me importei mais com isso. De qualquer forma a ideia de ir para Curitiba ficou na minha cabeça. Decidi ir para lá no sábado e passar 2 dias na Capital para conferir os agitos e verificar o que teria de bom lá. Troquei então a passagem e fui para Curitiba.  Lá chegando me hospedei em um hotel bem perto do centro - Nova Lisboa. O hotel foi bem em conta. O quarto modesto o café também, mas para mim foi o suficiente. Ainda tinha internet WI-FI grátis. Após me instalar fui conhecer a "noite" da cidade. Bem perto havia uma boate de nome Crystal. Boate grande no estilo do Barril 66 aqui de Brasília. Lá tocaram os sucessos sertanejos, pop, e dance, tudo misturado. Achei bem animado. No outro dia procurei o que fazer na cidade. E então descobri que eles tem um interessante serviço: um ônibus que vai a todos os pontos turísticos da cidade. O preço? 25 reais. Dá para parar em 4 pontos diferentes e ficar o tempo que quiser, pois aí você pega o próximo. O ônibus no estilo jardineira de 2 andares é aberto na parte de cima deixando o turista à vontade para ver, fotografar e curtir por onde o ônibus passa. Parei no museu conhecido como "o olho" projetado por Orcar Niemeyer. Logo após na "Ópera de Arame" um teatro construído todo em metal vazado localizado em uma antiga pedreira da cidade. O local é muito lindo. Já ia dando por volta de meio-dia então decidi almoçar. O ônibus estava passando exatamente pelo bairro gastronômico a essa hora. Humm.... mais que apropriado. Este bairro é composto por todos os melhores e maiores restaurantes da cidade. Comi em um restaurante de nome "La Vitta". Self-service com preço razoável e boa comida. Após o almoço decidi fazer minha última parada: Jardim Botânico. Que lugar bonito o Jardim Botânico de Curitiba. Jardins belíssimos e uma estufa que é cartão postal. Após a aventura cheguei exausto. Dormi um pouco e a noite saí mais uma vez para ver a que a cidade tinha de bom. Curitiba parece muito com Brasília à noite: não tem ninguém na rua. Acho que as pessoas ficam enclausuradas em seus apartamentos e de lá não saem para nada. Fiquei em um barzinho em uma das ruas perto do centro. Antes de dormir coloquei o despertador caso estourasse a hora. Tive um sono tranquilo e acordei por volta das 8. Tomei o café e já era tempo de pegar meu ônibus de volta. Reencontrei com a minha mãe no ônibus. A viagem percorreu na mais perfeita rotina: várias paradas em rodoviárias e postos. Chegamos à Brasília sob uma chuva muito grossa. Era o fim da minha aventura pelo Paraná.